Sobre nós

Seguimos uma tradição familiar de cultivo e amor pela terra; nossa propriedade está situada na nascente do Rio Extrema, 65 km ao norte de Formosa – Goiás, afluente do Rio Paranã, por isso a chamamos das “terras férteis do vale do Extrema”.

Consorciado com gado de corte e devido ao amor pela bebida surgiu a ideia de se produzir a Caialua nas terras de Goiás, muito incentivado pelo meu tio Hugo Saraiva, na ocasião pecuarista no Maranhão e também apreciador da bebida.

Nossa filosofia sempre foi qualidade e sustentabilidade.

Em 2009 iniciamos nossos trabalhos com canaviais, construção civil, equipamentos e muito estudo sobre o produto.

Em 2012 nascia nossa primeira cachaça. 

Colheita manual, aproveitamento da folhagem da cana e o bagaço como alimentação animal. A água de resfriamento no processo de destilação, volta para os rios e córregos da mesma forma que veio e o vinhoto é usado como adubo nos próprios canaviais.

A Produção da cachaça consiste em padronização do caldo de cana, fermentação, destilação, e armazenamento ou envelhecimento, pois se essas etapas finais não são bem assistidas, teremos problemas no produto final.

Desde dezembro 2021 nossa produção foi certificada como “orgânica” ou seja: não usamos adubação química, herbicidas tão pouco nada que não seja orgânico na produção.

selo-certificacao

Produção Artesanal

Após a moagem da cana, onde filtramos e peneiramos o caldo de cana, também  utilizamos um decantador onde separamos todos sólidos do caldo, que por ventura passaram pelas peneiras,  ajustamos no nível de sacarose (brix) , medimos o ph e ajustamos a temperatura ideal para fermentação.

Nosso fermento, ou seja as leveduras, é produzido artesanalmente na própria fazenda, não usando nada além de  caldo de cana, onde vamos oxigenando e multiplicando as leveduras gradativamente até a população de leveduras atingirem o nível ideal.

Uma boa cachaça é feita com uma fermentação rápida e uma destilação lenta.

As dornas de fermentação são abastecidas lentamente para evitar que o caldo transborde durante a fermentação e são monitoradas constantemente avaliando temperatura, brix e ph.

Em aproximadamente 24 horas o caldo está completamente fermentado, com nível de sacarose “zero” (brix) é hora de destilar!

A destilação é a fase em que a cachaça nasce.
O vinho, ou mosto, é o caldo de cana fermentado sem açúcar, que foi consumido pelas leveduras, ou seja, a fermentação alcoólica uma reação química exotérmica que libera álcool, CO2 e calor.

O caldo de cana desce para alambique ao mesmo tempo que a caldeira começa a liberar o vapor que vai garantir uma destilação constante e homogênea.
Aos 92 ºC começa a aparecer a cabeça, primeira porção do processo. Essa é desprezada pois é rica em aldeídos e álcoois superiores.

Após a retirada dessa porção, nos deparamos com o coração, nosso objetivo a melhor porção da destilação.
Nesse momento ajustamos cuidadosamente a pressão de vapor, pois ela é responsável pela velocidade de destilação que queremos e ficamos atentos as temperaturas da panela torre e da cachaça que está nascendo.

Após o coração chegamos na cauda, rabo ou agua fraca, vários nomes são dados a essa porção final da destilação.
Porção essa que também descartamos pela presença de aldeídos, impurezas e outros compostos nocivos ao consumo humano.

Após a destilação nos deparamos com resíduos do processo:
1º O bagaço, com ele alimentamos o gado
2º A água de lavagem de dornas, engenho, chão do processo de padronização e fermentação descem para um reservatório, pois será o diluente do vinhoto.
3º O vinhoto ou vinhaça: O que fica no alambique após concluída a destilação. Será diluído 3 para 1 com a água de lavagem e servirá como adubo para os canaviais.
4º a cabeça e cauda serão destiladas juntas em uma coluna de álcool, com o intuito de produção de álcool combustível, asséptico, etc. garantido a produção de apenas cachaça de qualidade e aproveitamento total de todos resíduos.

Após a destilação esse é o caminho final da cachaça.

A prata segue para os reservatórios de aço inox onde descansa de 6 a 12 meses.
Já as envelhecidas vão para os barris de carvalho onde envelheceram de acordo com a cachaça.
Neste setor a cachaça prata circulada nos reservatórios e monitorada umidade de temperatura.

E assim nascem as Cachaças Caialua.